sexta-feira, 8 de julho de 2011

Fuuuuuuu ou Como Sucker Punch me deu um soco na barriga

Eu disse q o próximo post ia ser já a estória de Narciso, mas realmente preciso compartilhar isso...

Enfim,

Eu já estava resoluto a escrever, já tinha a linha da estória, já estava certo de que faria o quanto antes. Mas sempre aparecia algo para atrapalhar. Saídas, amigos, festas, filmes, animes, viagens etc. e tal. Conversei com amigos q também escreviam, conversei com minha editora, marquei períodos de escrita e leitura. Mas nada deu certo. Eu continuei protelando, enrolando, arranjando desculpas para não escrever...

Até que assisti Sucker Punch.



Foi um filme q quis assistir no cinema, e como tantos outros acabei sem ir. Mas que, como armadilha do
destino, estava me esperando na casa de meus primos, para onde viajei.
O filme começa diferente, e continua com uma narrativa um tanto estranha pra o que se esta normalmente acostumado, mas, com o tempo eu acabei percebendo a linha. Sinceramente achei, enquanto assistia, o roteiro péssimo, mas a fotografia linda. Isso sem falar nos efeitos e nas obras de arte feitas com animação 3D. Um prato delicioso pra um recém-formado em design, apaixonado pelas coisas belas, realmente inspirador!

Mas não era só por isso que o filme esperou tanto tempo para me pegar na esquina. Ele realmente precisava me dizer algo.

Logo no inicio ele tem um discurso bem legal quanto à responsabilidade que as pessoas tem sobre suas criações, mas, para ser sincero, nem prestei atenção. Daí o filme continua com sua narrativa diferente, onde as personagens vivem as suas aventuras em mundos diferentes, algo realmente diferente da linha padronizada de tempo e espaço. Depois algumas reviravoltas incríveis. E de repente me lembrei de O Mundo de Sofia, onde o Joseph (autor) diz que o Criador/Autor tem totais poderes sobre suas criações, e de Dragões de Éter onde Draccon nos faz refletir sobre o papel do leitor e do autor, e de como essas obras influenciaram minha vida e o modo como eu vejo o ato da escrita. E tudo isso começou a fermentar em mim...
E só para ter certeza que eu tinha entendido a mensagem o filme termina me dizendo mais uma vez, na voz dos personagens: Quem diz quem e mal e quem é bom? Quem determina nossas historias? Quem sabe quem é o personagem principal? Quem nos dá uma jornada e uma recompensa? Quem decide a nossa liberdade? E o nosso futuro?
É você!
Então, lute!

Em meu cérebro explodiu algo que há algum tempo fermentava. Eu estava preocupado em contar às pessoas a estória de Narciso, mas não tinha pensado no quanto ele esta ansioso para realmente tomar forma e sair da minha cabeça. Percebi que nenhum de meus projetos, inclusive os profissionais, daria certo enquanto não começasse a escrever. Relembrei como me sentia enquanto lia e ouvia dos personagens, suas estórias e sentimentos, ñ do autor, dos personagens! E entendi que o autor bom, o escritor bom, é exatamente esse que faz com que a pessoa que lê esteja tããão embalada pela Historia, pelos personagens, pelo mundo, pelas palavras e por tudo aquilo que ele criou que só lembra dele quando termina o livro... Isso e mais uns outros milhões de caracteres me invadiram enquanto a musica tocava, as letras subiam e meu primo acordava.

E a única coisa que consegui dizer foi: Esse filme é bom, muito bom!

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