Eu disse q o próximo post ia ser já a estória de Narciso, mas realmente preciso compartilhar isso...
Enfim,
Eu já estava resoluto a escrever, já tinha a linha da estória, já estava certo de que faria o quanto antes. Mas sempre aparecia algo para atrapalhar. Saídas, amigos, festas, filmes, animes, viagens etc. e tal. Conversei com amigos q também escreviam, conversei com minha editora, marquei períodos de escrita e leitura. Mas nada deu certo. Eu continuei protelando, enrolando, arranjando desculpas para não escrever...
Até que assisti Sucker Punch.
Foi um filme q quis assistir no cinema, e como tantos outros acabei sem ir. Mas que, como armadilha do
destino, estava me esperando na casa de meus primos, para onde viajei.
destino, estava me esperando na casa de meus primos, para onde viajei.
O filme começa diferente, e continua com uma narrativa um tanto estranha pra o que se esta normalmente acostumado, mas, com o tempo eu acabei percebendo a linha. Sinceramente achei, enquanto assistia, o roteiro péssimo, mas a fotografia linda. Isso sem falar nos efeitos e nas obras de arte feitas com animação 3D. Um prato delicioso pra um recém-formado em design, apaixonado pelas coisas belas, realmente inspirador!
Mas não era só por isso que o filme esperou tanto tempo para me pegar na esquina. Ele realmente precisava me dizer algo.
Logo no inicio ele tem um discurso bem legal quanto à responsabilidade que as pessoas tem sobre suas criações, mas, para ser sincero, nem prestei atenção. Daí o filme continua com sua narrativa diferente, onde as personagens vivem as suas aventuras em mundos diferentes, algo realmente diferente da linha padronizada de tempo e espaço. Depois algumas reviravoltas incríveis. E de repente me lembrei de O Mundo de Sofia, onde o Joseph (autor) diz que o Criador/Autor tem totais poderes sobre suas criações, e de Dragões de Éter onde Draccon nos faz refletir sobre o papel do leitor e do autor, e de como essas obras influenciaram minha vida e o modo como eu vejo o ato da escrita. E tudo isso começou a fermentar em mim...
E só para ter certeza que eu tinha entendido a mensagem o filme termina me dizendo mais uma vez, na voz dos personagens: Quem diz quem e mal e quem é bom? Quem determina nossas historias? Quem sabe quem é o personagem principal? Quem nos dá uma jornada e uma recompensa? Quem decide a nossa liberdade? E o nosso futuro?
É você!
Então, lute!
É você!
Então, lute!
Em meu cérebro explodiu algo que há algum tempo fermentava. Eu estava preocupado em contar às pessoas a estória de Narciso, mas não tinha pensado no quanto ele esta ansioso para realmente tomar forma e sair da minha cabeça. Percebi que nenhum de meus projetos, inclusive os profissionais, daria certo enquanto não começasse a escrever. Relembrei como me sentia enquanto lia e ouvia dos personagens, suas estórias e sentimentos, ñ do autor, dos personagens! E entendi que o autor bom, o escritor bom, é exatamente esse que faz com que a pessoa que lê esteja tããão embalada pela Historia, pelos personagens, pelo mundo, pelas palavras e por tudo aquilo que ele criou que só lembra dele quando termina o livro... Isso e mais uns outros milhões de caracteres me invadiram enquanto a musica tocava, as letras subiam e meu primo acordava.
E a única coisa que consegui dizer foi: Esse filme é bom, muito bom!
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