sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Apresento-lhes Emile


Finalmente parimos a personagem. Mas não vou dar uma de genitor emocional.
Antes, vamos direto ao assunto e apresentar a protagonista de nossos sonhos por um tempo, ate agora, e que espero que seja por muito mais tempo. \o/

Vamo que Vamo!

Só pra dizer: Acabei de escrever os primeiros capitulos da historia de Narciso.
Esses capitulos foram enviados pra quatro pessoas que revisaram e pontuaram coisas importantes.
Agora vou corrigir oque for preciso e enviar pro povo que vai fazer a parte grafica e a ilustração.

Depois é so postar aqui \o/\o/

Quanto a Emile acontece o seguinte: ELA ESTÁ PRONTA!
Segue a apresentação.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Então...

Sucker Punch me disse:


"Quem envia monstros para nos matar?
E, ao mesmo tempo, cancões que nunca vão morrer.
Quem nos ensina o que é real e como rir das mentiras?
Quem decide quem vai viver ou morrer defendendo?
Quem nos acorrenta? E quem tem a chave para nossa liberdade?
É você!
Você tem todas as armas que precisa. Agora Lute!"

(Sucker Punch - Mundo Surreal)


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Emile: A história se forma


Então concluimos essa parte neah: Storyline pra vcs...

Emile vivia em Minotaurus com a mãe até os 7/8 anos, quando foi enviada pra Arzallum para a sua segurança. Ela viajou sob os cuidados de um homem experiente. Quando finalmente chegaram, Andreanne estava sob o ataque dos piratas. No meio do caos o homem escondeu Emile e entrou na luta para proteger os cidadãos e Emile, sozinha e com medo, vendo tanta violencia, saiu do esconderijo para fugir mas foi pega por um dos piratas que percebeu o desespero do guardiao ao ver a menina. O pirata fez Emile de refem para parar o homem, mas ele consegue livrar Emile e matar o outro bandido, mas acaba ferido. Emile tambem fica ferida no pescoço. O guardião entrega ela para a familia e vai embora. Emile é criada pelos tios junto com um primo. Emile cresce mas sempre se sntindo diferente e sem esquecer da mãe. Um dia, de repente, encontra cartas que a mãe enviava para ela mas que foram escondidas pela tia. E resolve de vez que precisa mudar de vida.

bem bem so um resumão dos fatos sem motivaçoes e porques... Mas está bom assim neah?
Agora vamos enfim voltar para a Emile de fato. Vamos nos aprofundar na mente dela.. (parece redundante mas n é)

O que quero saber é se ela se irrita facil? O que faz nos momentos de raiva? O que definitivamente tira ela do sério? O que entristece ela? Quais as magoas incuraveis q ela tem? Qual os segredos q ela esconde? Ela já se apaixonou? Oq aconteceu? Ou ela ainda vai se apaixonar?

Por outro lado: Ela tem hobbies? O que definitivamente deixa ela feliz? Oq ela faz quando fica com vergonha? qual a lembrança mais preciosa dela? como ela demonstra carinho? Enfim essas coisas.... ^^


Se vc tambem for um semideus, corre e responde isso no topico da comu

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Minha segunda filha: Emile

Na verdade não só filha minha, esse é o resultado de centenas de posts e dias de discussão.

Mas tenho uma responsabilidade maior, culpa do prêmio. Então enquanto a historia for sendo construída, vou postando aqui as decisões tomadas ^^

Vamos começar?

Prêmio

Já falei qual foi o meu premio por ter ganhado o concurso de contos de Dragões de Éter neah?
Então, já começou \o/

Se perdeu?
Então explico de novo: O personagem João (de DdE) é fodão, um dos mais queridos dos leitores, e digo ate, do próprio autor  ( só não o meu, porque pra mim ninguém supera a Ariane *o*). ALERTA DE SPOILER Ele matou um Conde do mal, virou escudeiro, liderou seus amigos e, acreditem, virou um cavaleiro. E agora esse cavaleiro genial vai ter um escudeiro.

A historia desse escudeiro é o premio do concurso. Ela não será escrita pelo Raphael, mas vai entrar no livro \o/ quem vai escrever então? Hein? Hein? Hein? Semideuses RULES!

Abri um tópico na comunidade de DdE no Orkut para que todos os semideuses pudessem participar/opinar na criação do personagem. De repente as respostas começaram a pular, rodar e dançar na tela e na minha pobre cabeça. As ideias foram surgindo umas melhores que outras e a ideia foi se construindo. As discussões para resolver isso e aquilo foram ficando cada vez mais profundas e as analises da historia original quase perfeitas. O problema é organizar aquilo tudo! Acho que antes disso ficar pronto tenho, no mínimo, três derrames... xD

Mas, enfim, a produção continua a todo vapor para decidir a vida desse personagem que é a projeção etheriana da vontade de vaaaarios semideuses. E se você for um, está convidado a opinar e dar suas ideias também^^

sábado, 20 de agosto de 2011

Marisqueiro

Procuro as palavras e não acho
elas que sempre foram amigas minhas
fogem de mim aos bandos. 


Textos, poemas, pensamentos, vidas inteiras. 
Correm e se perdem, 
caem no vazio e são esquecidas. 
O que fazer então?

Cato seus restos e escrevo com seus cacos, 
sobras do que já foi meu, 
do pensamento que se perdeu.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

11 de Setembro

Como prometi, aqui está o conto pra tapear vocês. Divirtam-se =D­­­­

11 de Setembro

Nada é absoluto. Acredito que tudo tem alguma outra versão, outra visão. Algumas versões distorcem completamente a realidade, algumas se contradizem, e outras se completam. As vezes as varias visões de varias pessoas convergem para uma verdade, verdade essa que, para aquelas pessoas, sim, é absoluta. Nunca inquestionável. Mas uma verdade.

Naquele dia, como em quase todos os outros do ano, fui acordado de um sonho que não lembro pela voz de minha mae, ela dizia que já estava na hora enquanto me arrastava ao banheiro para tomar banho. Era tortura! Obrigar um garoto de 11 anos a acordar ás 5:30 da manha e joga-lo sob a agua gelada devia ser errado! Devia ser um crime! Na verdade nunca liguei para estudar pela manha, até preferia estudar pela manha porque teria a tarde e a noite para brincar. Mas duas coisas me incomodavam profundamente: a primeira era morar TÃO LONGE da escola. Isso me obrigava a acordar cinco da manha quando a aula começava ás 7:30; a segunda era perder todos os desenhos que passavam na televisão.

Tomei o banho, comi apressado e corri para pegar o ônibus, não podia me atrasar muito. Cheguei na escola antes das sete, era uma sorte que consegui pegar o ônibus certo e não encontrar nenhum

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Fuuuuuuu ou Como Sucker Punch me deu um soco na barriga

Eu disse q o próximo post ia ser já a estória de Narciso, mas realmente preciso compartilhar isso...

Enfim,

Eu já estava resoluto a escrever, já tinha a linha da estória, já estava certo de que faria o quanto antes. Mas sempre aparecia algo para atrapalhar. Saídas, amigos, festas, filmes, animes, viagens etc. e tal. Conversei com amigos q também escreviam, conversei com minha editora, marquei períodos de escrita e leitura. Mas nada deu certo. Eu continuei protelando, enrolando, arranjando desculpas para não escrever...

Até que assisti Sucker Punch.



Foi um filme q quis assistir no cinema, e como tantos outros acabei sem ir. Mas que, como armadilha do

sábado, 25 de junho de 2011

Fanfic

Então....
Fanfic é quando os fãs de alguma coisa passam a fazer estórias sobre isso. Existe fanfic de livros famosos, de artistas, de filmes, de animes, enfin... São estoriasextra oficiais feitas por fãs.
Eu já li algumas fanfics, a maioria de Harry Potter. Mas não consegui chegar ao final da maioria delas. E vou confessar agora: Tambem não li alguns contos dos coleguinhas do concurso até o fim...
Pq?
Detesto ver os meus personagens favoritos fazendo coisas que não fariam, em mundos e situações diferentes além da conta... Por favor não me entenda mal, eu em hora nenhuma disse que é errado ou ruim, se formos pensar do ponto de vista etéreo a mesma pessoa pode habitar vaaarias estórias.Disse que eu – Jau – não gosto. Pra que eu leia, a estória tem que ser realmente bem escrita, ou muito criativa, então realmente li alguns do concurso de contos e gostei, já que temos ótimos escritores lá ;D.
Por esse motivo inventei um novo personagem pra habitar Nova Ether, assim não ia mexer na vida de ninguém. Pqestou falando td isso? Como já disse no ultimo post eu estou escrevendo a estória de Narciso, pode chamar de fanfic já que estou tomando emprestado um mundo que não criei, mas não pense que vai topar com personagens importantes fazendo isso ou aquilo, acho um desrespeito ao criador. U.U
Anyway, o próximo post será o primeiro capitulo da estória.
Narciso is comming!
\o/

E Agora, José?

Por um bom tempo tenho dito que detesto escrever. Aqui mesmo, foi a primeira coisa q disse...
Mas parece que o “destino” me empurra pra outro lado....
Quando escrevi sobre Narciso a sua estória inundou minha pobre mente. E decidi que deveria dividir com os outros tudo aquilo. Prometi que escreveria mais. Até chamei a Stedy para editorar. Mas enrolei ate hj, afinal, detesto escrever...
Mas a vida é uma caixinha de surpresas (xD)
Estava eu sentado em frente ao pc de um amigo, tinha ido a sua casa fazer trabalho e, como um viciado que se presa, tratei logo de entrar no twitter. As mentions tinham coisas como “o jau não sabe ainda” “nossa já to vendo a reação do jau” entre outros. Logo descobri do que se tratava. Tinha saído o resultado do concurso de contos.
E EU GANHEI! \o/
Minha reação foi quase exatamente como previram. Gritei, pulei, rodei, dancei como um louco, abracei e tentei dançar com o pobre coitado do amigo. Td isso antes de falar na net. Na rede eu fiz tudo isso virtualmente, compartilhando com outros amigos a minha alegria, estava a um ponto de êxtase q até disse q ia beijar o Draccon e td mundo (vergonha).
E a euforia, alegria, loucura – chame do que for – se prolongou pela tarde, a noite e ainda ressuscita toda vez que lembro. E o ardor disso levou o “detesto” de dentro de mim.
Mas, bem, não estava (nem estou) preparado para o premio que recebi: Escrever.
O próximo Dragões de Eter terá um personagem que vou escrever com a ajuda dos outros semideuses de Nova Ether.
Então agora preciso contar a estória de Narciso, e além disso, escrever um novo personagem..

Mas quer saber?

EU AMO ISSO! =D

segunda-feira, 21 de março de 2011

Meu primeiro filho: Narciso

Nunca gostei de escrever.

Mas sempre gostei de ler. Acontece que ingerir tantas palavras fez com que outras se formassem em minha pobre mente. A coitada já é tão cheia de coisas. Eu estava a ponto de explodir de tantos pensamentos acontecendo ao mesmo tempo em minha cabeça.

Até que me apareceu esse concurso de contos de Dragoes de Eter. Foi o empurrão que faltava.

E aqui está o Falatorio. \o/

A vauvula de escape, o respiro da fossa, e tudo mais que puder figurar a funçao desse negoço aqui.
O blog pessoal para escrever os meus disparates, mas nao espere que eu seja frequente. Lembre da primeira frase que escrevi. Eu nao gosto de escrever.

Whatever

Nada mais justo que o primeiro post seja do conto que impussionou tudo isso.
Conheçam Narciso. Saibam que ele é meu primeiro filho e que ele ainda tem muito a crescer.
=D

Sem Rosto

Sem inocência

O Sol descia no horizonte, se escondendo atrás das casas apinhadas ao redor do Grande Paço. Os raios, já morrendo, tingiam de dourado as árvores, as plantações e um menino magro, ruivo, com barro dos pés à cabeça que corria para entregar a enxada ao pai.

– Pronto pai – Narciso disse com um sorriso no rosto – Essa é a ultima.
– Mesmo? Tem certeza que não esquecemos nada? – perguntou o pai.
– Sim, olhei em todos os lugares.
– Então vamos. Foi um dia longo e eu temo por nossas vidas quando sua mãe vir o estado em que você e as roupas que ela lava ficaram.
– Eu gostei de trabalhar, pai! Poderia vir mais vezes? Por favor!
– Que bom que gostou Narciso, seu irmão nunca gostou de trabalhar com a terra. Mas esse não é um trabalho pra um menino de oito anos, ele é pesado e mais duro do que parece. Vai exigir seu tempo, sua força, sua vida, para só no final te recompensar. Mas já que você gostou, prometo te trazer mais vezes.

Pai e filho deixaram a horta enquanto o sol deixava o céu.
Phillipe Funke era vassalo de Sir Eddard mas tinha total autonomia sobre seu pedaço de terra. A horta, de onde vinham, ficava no topo de uma colina de onde se podia ver o Palácio Real de Arzallum, mas não era a única, Phillipe tinha varias plantações. Ajudado por outras cinco pessoas Phillipe plantava verduras, frutas, legumes, flores e o que mais pudesse. Por ser vassalo, Phillipe devia ao seu suserano uma parte da produção. Por ser justo, dividia para as famílias que trabalhavam com ele em partes iguais. O que restava era o bastante para sua família se alimentar e ter lucro vendendo na feira de Andreanne.
Phillipe era sempre o ultimo a voltar para casa, trilhava o caminho, satisfeito com a felicidade do filho que não parava de falar e esperando ver as luzes das lanternas acesas na sua casa.

Mas o brilho que viu foi muito maior.

Narciso viu o fogo de longe e soube que era a sua casa. Narciso viu seu pai largar as ferramentas para correr e correu atrás dele. Viu uma mulher corcunda dançando em frente ao fogo. Viu seu pai gritar, e de repente, parar de correr, de ver, e andar, em transe, em direção à mulher. Tentou correr mais rápido, tropeçou numa raiz e caiu.

Narciso viu a mulher levantar uma faca torta e matar o seu pai. E não levantou mais porque tinha medo dela. Escondeu-se no tronco da arvore enorme e ficou quieto, aterrorizado, ate que o fogo apagasse e ele não ouvisse mais nada.

Narciso levantou ainda sujo de terra e, cambaleando, andou o que pareceram quilômetros. Viu seus pais mortos nas extremidades de um circulo desenhado com as cinzas do que fora sua casa, viu sua irmã mutilada no centro do círculo e caiu ao lado do corpo inerte dela.

Chorou por eras.


Sem Infância

Narciso foi encontrado pelo seu irmão Apolo, que, durante todo o trajeto até a casa de Sir Eddard disse apenas uma palavra: Bruxa.
Apolo entregou Narciso a uma criada da casa de Sir Eddard, tinha entrado para o exercito há dois anos e não podia cuidar do irmão integralmente. Não iria trabalhar no campo, como fizera seu pai. Narciso cresceu na casa de Sir Eddard e nos alojamentos do exercito. Frequentou a escola, mas não era uma criança comum. Ria pouco, não chorava, estava o tempo todo resignado.

Convivendo com soldados Narciso aprendeu a bater, a esquivar e a correr. Seu irmão era o único amigo que tinha, mas não conversava muito com ele também. Até o dia em que foi preso por ter espancado um recruta. Narciso achou que sua vida terminaria ali, que iria apanhar de todos os outros soldados e teria seu corpo exposto como uma lição para brigões. Mas não foi isso que aconteceu.

Apolo chegou à cela, e Narciso achou que estava salvo, mas logo atrás dele veio Sir Eddard. Narciso perdeu de vez as esperanças.

– Esse é esse o menino que bateu em um de meus homens? Esse tão pequeno? – Perguntou Sir Eddard.
– Sim, senhor. Esse é meu irmão Narciso.
– É esse mesmo? Ele não parece nem um pouco com você.
– Mas é o meu irmão, senhor.
– Isso é preocupante, Apolo, tenho homens que apanham de crianças de 11 anos. Não sei se devo me importar com homens mal treinados ou com o fato de que você não pode controlar o seu próprio irmão.
– Por isso pedi sua ajuda, milorde. Narciso tem talento, mas tem uma raiva que não consegue controlar, ele também não brinca com outras crianças. Acho que o senhor pode ajuda-lo.
– Seu pai era um homem bom, Apolo, e você também é. Vou fazer desse monstrinho uma criança normal e um homem de verdade como o seu pai foi.

Lorde Eddard cuidou pessoalmente da educação de Narciso e o ensinou armas e estratégias. O treinamento mudou o menino e ele, aos poucos foi se tornando um menino quase comum.

Quase.

Narciso tinha talento, aprendia muito rápido as lições de Sir Eddard e aos 13 anos já partia com pelotões para interver em disputas violentas de plebeus e vassalos de Lorde Eddard. Ouviu falar que o Rei Anísio estava reativando os Caçadores de Bruxas, e desejou ser um deles – era pra isso que vivia: matar aquela bruxa. Mas não poderia, era só uma criança e tudo aquilo eram só boatos.


Sem Piedade

Quando Narciso completou quinze anos Sir Eddard ofereceu um banquete para seus principais vassalos e o reconheceu publicamente como seu protegido. Quando um Lorde nomeava alguém como protegido era como dizer a todos que aquele rapaz saberia tudo que ele sabia e teria a vida e a honra ligada à sua Casa, era uma dádiva que trazia consigo muita responsabilidade.

Depois de falar com os principais lordes, ouvir suas queixas, sugestões e toda a conversa fiada, Sir Eddard ordenou a Apolo e Narciso que cuidassem de sua casa, ele estaria fora durante uma semana e queria seu filho, recém nascido, em segurança. Apolo – Chefe da Guarda – e Narciso – o Protegido – passaram o dia executando o procedimento padrão de segurança que um castelo toma quando o seu Senhor está fora, quando terminaram a noite havia chegado. Os irmãos comiam na cozinha quando uma das criadas que cuidavam do filho de Sir Eddard entrou chorando, trazida por alguns soldados.

– Senhor, encontramos ela chorando no estábulo, ela tem algo pra te dizer – o soldado trouxe a mulher até Apolo.
– Mas o que diabos aconteceu? – Apolo respondeu já imaginando.

A mulher estava soluçando e tremendo quando levantou a cabeça devagar para encarar o Chefe Guarda. “Ela levou ele” foi o que disse. E tanto Apolo quanto Narciso sentiram um frio correr pela espinha. “Eu não pude fazer nada! Não conseguia me mexer! Eu vi coisas horríveis e quando eu dei por mim o menino não estava mais lá. A mulher, a mulher que encontrei! Foi ela que levou ele!”. Falou tudo em um fôlego só e começou a chorar, soluçar e tremer mais uma vez com mais força do que antes. Apolo teve de esperar a mulher se acalmar para continuar o relato, Narciso já andava de um lado pro outro.

– A senhora kathelyn me pediu para dar banho no bebê – a mulher continuou – mas depois de dar banho nele, por algum motivo, senti vontade de sair para passear com o bebê. Levei ele lá para fora para que ele visse o tamanho do castelo que um dia ia ser dele, mas encontrei uma mulher vindo da estrada que vai pra Andreanne. Ela começou a conversar comigo, estava interessada no bebe. De repente eu comecei a ver... coisas...
Antes que a mulher se descontrolasse mais uma vez Narciso segurou seu braço.

– Sumiu alguma coisa sua?
– E-e-eu não sei...
– Isso é importante – disse e apertou com mais força – sumiu algo seu?
– A escova que uso, não a vejo já tem alguns dias...

Narciso soltou a mulher e olhou para o irmão, e ambos souberam que aquilo não se tratava de seqüestro ou de vingança, aquilo era obra de uma bruxa. Sem trocar nenhuma palavra os irmãos saíram da cozinha, eles já sabiam o que iriam fazer. Narciso correu para o estábulo e preparou seu cavalo enquanto o seu irmão reunia homens e dava ordens, dentro de meia hora estavam prontos para sair. A morte da família levou os irmãos a pesquisar o que pudessem sobre bruxas. Eles sabiam que a bruxa não estaria na cidade, nem mataria o menino ao acaso, ela precisava de um ritual e faria isso dentro da floresta.
Seguiram o rastro da bruxa floresta adentro. Apolo viu homens treinados tremerem a cada movimento, a cada som diferente, viu medo nos seus olhos. Viu Narciso, mais uma vez, calado, e sabia no que o irmão estava pensando.

A floresta foi ficando mais densa e as arvores maiores à medida que andavam, chegou um ponto em que não conseguiam mais ver o céu. Os homens já tinham perdido as esperanças de encontrar a bruxa, ou tinha esperanças de NÃO encontra-la. Parecia que tinham perdido para sempre o filho de Sir Eddard. Até que Narciso ouviu uma musica. Um canto macabro que lembrava o dia em que viu seu pai morrer. Ele precisava ser rápido.
Narciso obrigou seu cavalo a correr ate que o animal não conseguiu mais passar por entre as arvores. Entao correu sozinho em direção àquela canção macabra. Sabia que era loucura ir sozinho, mas Apolo e seus homens deveriam estar logo atrás dele. Correu até chegar a uma clareira. A bruxa desenhara um circulo com sinais no chão, o bebe estava no meio. Narciso sentiu uma onda de choque no corpo, mas não parou. Viu mais uma vez seu pai morrendo, mas não parou. Correu até a bruxa e enfiou, de vez, a sua espada no seu coração.


Sem Rosto

Entregaram o bebe a sua mãe, Kathelyn sem nenhum arranhão. Os homens espalharam a historia e a bravura de Narciso foi recompensada pelo próprio Rei.
Na frente do Rei e de toda a corte, ele gritou, gritou com todas as forças, bateu os pés no chão e todos olharam para ele, mas não olhavam apenas para ele, olhavam para uma massa de armadura vermelha, sem rostos, ostentando um dragão como insignia:

os Caçadores de Bruxas.